Módulo 9 – Técnicas de narração

A narração

A narração é tudo o que ouvimos, tudo o que contamos, quando uma pessoa está a narrar é que está a relatar factos e acontecimentos verídicos ou não, são pessoas qe os vivem e estão todos envolvidos na acção narrada.

A narrativa impõe ordens :

Tudo tem de ter uma sequência ordenada , o que depois se vem a chamar, enredo trama ou acção.
A narração não pode existir sem ter personagens que a constituam, é um facto fundamental.
Uma ordem importante da narração é identificarmos o local em que está a acontecer algo, e que estamos a narrar.Um facto importante na narrativa é descrevermos o momento o tempo e a acção. Pode existir narração na primeira pessoa, que é quando um narrador participa na história que narra, e também existe o narrador na terceira pessoa mas não interfere em nada do que está a acontecer, só conta o que vê. Não é participante na história.

Interpretação

Interpretação é uma acção que consiste em estabelecer, simultânea ou consecutivamente, comunicação verbal ou não verbal entre duas entidades que não usem o mesmo código. É um termo ambíguo, tanto podendo referir-se ao processo quanto ao seu resultado – isto é, por exemplo, tanto ao conjunto de processos mentais que ocorrem num leitor quando interpreta um texto , quanto aos comentários que este poderá tecer depois de ter lido o texto. Pode, portanto, consistir na descoberta do sentido e significado de algo – geralmente, fruto da acção humana.

Intérprete
Intérprete é aquela pessoa que interpreta, isto é, que estabelece, simultânea ou consecutivamente, comunicação verbal entre duas ou mais pessoas que não falam a mesma língua.
A profissão de intérprete pode ser subdividida por sua característica e especialidade.
Existe um segundo “significado” para intérprete. Este pode ser não só um comunicador verbal entre pessoas qua não falam a mesma língua como também um músico que toca músicas de outros músicos.

Interpretação simultânea, usualmente designada de tradução simultânea.

É um tipo de interpretação em que um discurso, apresentação, palestra, treinamento ou qualquer outra forma de comunicação verbal é traduzida para outro idioma simultaneamente.
Possui uma dificuldade técnica substancialmente maior para o intérprete.
Geralmente o intérprete fica dentro de uma cabine isolada acusticamente, e sua voz é transmitida até os ouvintes para aparelhos ligados a phones de ouvido.
A interpretação (tradução) simultânea é geralmente usada em reuniões e congressos para um grande número de pessoas, e permite ao palestrante realizar a sua apresentação sem constantes interrupções, como acontece na interpretação consecutiva.

Estrutura Narrativa

Estrutura narrativa aborda-se a transformação de estados presente em qualquer texto e define o que se costuma chamar de narratividade e constitui um dos níveis de estruturação do texto sentido do texto. Os enunciados que ocorrem na estrutura narrativa são: enunciados de estado (estabelece uma relação de posse ou de privação entre um sujeito e um objecto qualquer), e enunciados de acção (que em razão de participação de um agente qualquer, indicam a passagem de um enunciado de estado para outro). Raramente, um texto é formado de um enunciado único: nele se articulam vários enunciados. É preciso entender o modo como os enunciados simples se articulam entre si, para formar sequências narrativas. Dentro da estrutura narrativa, os enunciados podem ser agrupados em quatro fases distintas: MANIPULAÇÃO (um personagem induz outro a fazer alguma coisa. O que vai fazer precisa: querer ou dever); COMPETÊNCIA (o sujeito do fazer adquire um saber e um poder); PERFORMANCE (o sujeito do fazer executa sua acção); SANÇÃO (o sujeito do fazer recebe castigo ou recompensa). No caso da manipulação, o manipulador pode usar de vários expedientes para induzir um personagem a agir: um pedido, uma ordem, uma provocação, uma sedução, uma tentação, uma intimidação, etc. O manipulador pode ser um personagem isolado, um personagem colectivo e, é possível que um personagem imponha a si próprio uma obrigação. Pode ainda ocorrer que o manipulador seja um ser animado ou inanimado. Esse esquema não aparece nas narrativas com a simplicidade exposta, é possível que uma dessas fases fique pressuposta ou que, num texto narrativo, ocorra o encadeamento de várias sequências. Outras complicações podem ocorrer, um personagem pode ser manipulado por dois personagens distintos com intenções opostas; pode haver dois tipos opostos de sanção: um personagem é castigado por um grupo e premiado por outro. Quando alguma das fases citadas não ocorre explicitamente, é preciso levar em conta que os elementos do esquema pressupõem-se logicamente. Para fazer alguma coisa, o sujeito precisa querer e/ou dever fazê-la e saber e poder fazê-la. Depois de fazê-la, o seu fazer é avaliado. Quando falta um dos componentes, podemos reconstruí-lo. O leitor não achará todas as fases organizadas uma depois da outra na narrativa. O narrador pode começar com a sanção e depois narrar as outras fases. Organizar a estrutura narrativa ajuda a entendê-la melhor. Por isso é um bom exercício ver, analisar e compreender os seus elementos constitutivos. Em a Estrutura Narrativa , que dá sequência a lição anterior, na qual se abordou as relações de posse e de privação entre um sujeito e um objecto, tem encadeamento nesta lição que agora descreverá que os objectos com os quais o sujeito entra em relação de posse ou privação, não deve ser entendido como uma coisa, mas como tudo aquilo que um sujeito pode adquirir ou perder, como: riqueza, amor, alegria, etc. Esses objectos são de tipos distintos: necessários para adquirir outros objectos e/ou são a finalidade última a que visa o sujeito. Entre os necessários para adquirir outros objectos, incluem-se o querer, o dever, o saber e o poder fazer. Entre os que são a finalidade última a que visa o sujeito, ele quer ou deve, sabe ou pode adquirir ou perder tal objecto.

Enredo

O que nós chamamos de Enredo é um encadeamento de acções que as personagens executam na ficção com o objectivo de chocar ou impressionar quem os estão a ver. Neste caso os espectadores. O enredo é todo o desenvolver da história que nos tenta emocionar de forma consecutiva. O enredo pode ter vários nomes como trama ou uma intriga, o enredo é tudo o que sustenta a história, tudo o que lhe dá sentido e algum suspense em tudo o que acontece. Relata tudo o que é vivido pelas personagens, mas tem sempre uma ordem lógica no tempo e tem sempre uma sequência de acontecimentos para não andar tudo trocado. O enredo está quase sempre bastante concentrado num conflito. O Enredo também é um conjunto se factores ligados entre si que se baseiam na acção de um texto narrativo.
A forma mais comum de organizar um enredo é começar pela situação inicial onde são apresentadas as personagens e o espaço, etc. Depois é a quebra da situação inicial através de um acontecimento que muda todos os outros anteriores. Em seguida vai-se estabelecer um conflito quando se tem de resolver uma situação, pois esta situação vai destabilizar todas as personagens e acontecimentos. O ponto mais forte do enredo é o clímax pois é quando surge a maior tensão na narrativa. Por fim aparece o epílogo que vai ser a solução ao nosso conflito, mas nem sempre a solução significa que no final iremos ter um final feliz, porque as vezes temos um problema e arranjamos solução mesmo não sendo a melhor ou a que gostamos mais.

O narrador

O narrador é a pessoa que nos vai contar a história , é a pessoa que nos lê qualquer coisa, pode participar ou não na história, nem sempre é obrigatório participar. O narrador é aquele que se foca muito no fundo da história não é muito real, no mundo real, toda a gente tem de compreende-lo, houve também o aparecimento do narrador irreal foi através do aparecimento da novela, com esta mudança o narrador irreal passou a ter um papel muito importante por toda a gente. O narrador tem de se basear em alguns factores para saber como vai contar a sua história. O narrador em muitas vezes pode relatar acontecimentos e experiências próprias, como um cheiro, uma acção uma história vivida, etc.
O narrador omnisciente é o narrador que sabe tudo que vê tudo e que está sempre em todos os acontecimentos. É mais usado na literatura pela sua facilidade de relatar os acontecimentos vividos, com mais expressão, etc. , este conta a história na 3ª pessoa só em algumas ocasiões narra na 1ªpessoa.
Existe um narrador chamado narrador-personagem, é ele que narra a seu próprio respeito não pode intrometer em relação às outras personagens.

A Adaptação Literária para Cinema e Televisão

A adaptação literária para o cinema e para a televisão é a transposição da literatura para a linguagem audiovisual. O primeiro ponto de vista é técnico ou estético e o segundo é o ético. O aspecto ético tem uma diferença entre entre a linguagem escrita e a linguagem audiovisual. A diferença é que na linguagem audiovisual toda a informação deve ser visível ou audível. Quando se quer lembrar que uma personagem acorda e se lembra da namorada, é um facto que toda a gente sabe escrever isso mas e passar para a filmagem? É muito difícil. Existem muitos elementos que não estão presentes na literatura, estão bastante presentes no cinema, movimentos da câmara, os enquadramentos, a música, a cor e a luz, etc.
Cabe ao roteirista agregar esses elementos ao filme de modo a ser fiel – ou não – ao espírito do texto.
A linguagem audiovisual tem como base a literatura, ou as vezes nem por isso.
O cinema e a televisão contribuíram para compartilhar as diferentes visões de mundo, de diferentes épocas e países.
Todas as obras que são adaptadas, no cinema e na televisão aumentam as suas vendas.
O cinema e a televisão criam imagens, a leitura cria imaginação.

Sinopse

A sinopse não é só chamada assim como também se chama story-line.
Com mais prioridade o autor da sinopse, que vai muito aos aspectos fundamentais da história que é tratada, a sua forma, a sua publicidade, o videoclip, etc. A sinopse é o factor que nos ajuda a tomar decisões em relação à produção, é como aquilo que chamamos um cartão-de-visita do futuro. Cada sinopse deve ter alguns passos fundamentais para ser concretizada, pois acima de tudo tem que possuir um tema concreto, como uma apresentação de algum filme numa revista, ou jornal, logo retrata o seu tema. Também tem de ter uma estrutura narrativa, que é o que trata e apresenta o desenvolvimento do filme e também o seu desfecho final. O que é mais preciso como é óbvio, são os cenários e as personagens do filme.

Guião Literário

O guião literário é a criação de uma história escrita sem detalhes quase nenhuns, temos sempre de nos guiar por um estilo que gostamos mais. Depois de a história estar pronta teremos de nos seguir pelas três partes principais, que são:
-INTRODUÇÃO,
-DESENVOLVIMENTO,
-CONCLUSÃO.
Temos de explicar o que se vai passar com a história que vamos contar, temos de apresentar as personagens, desenvolvimento que é todo o desenrolar da história, tudo o que se passa. A conclusão é quando a história acaba e se resolvem todos os problemas que surgiram na hisitória.
Guião
O guião é utilizado mais para o teatro, que vão ser os actores a representar e no cinema é exactamente igual, é um texto escrito que depois passa a diálogos entre personagens, e que criam uma história os diálogos, a informação sobre os cenários, os planos das personagens, os ângulos da filmagem, os movimentos da câmara e todas as indicações técnicas que ajudarão o realizador e os actores a executar a rodagem do filme.
O guião no seu sentido fundamental serve para uma grande organização e orientação de quem o vai seguir pois este tem de ter tudo o que se vai precisar de saber. Orienta-nos para cada passo a tomar. Todas as palavras escritas num guião vão ser traduzidas em todas as expressões das personagens, todos os sentimentos. Neste sentido o guião deverá respeitar três qualidades essenciais quanto à sua elaboração: o logos, pathos e ethos. Logos corresponde à organização verbal ou estrutura geral do guião. É a palavra, o discurso e a forma que lhe é dado; pathos é o drama humano, é a acção ou conflito do quotidiano que geram acontecimentos; e ethos corresponde à ética, é o conteúdo do trabalho ou o significado da história com a sua moralidade. O ethos corresponde à ética, é o conteúdo do trabalho ou o significado da estória com a sua moralidade.

Planificação

A planificação é como se faz um plano da acção do filme, e as planificações dependem muito de quem as faz, é como fazer uma estratégia de um plano
Temos sempre de fazer uma planificação para qualquer projecto que é feito, para um filme é muito natural que também seja necessário, temos de fazer um plano do que vamos tratar, fazer o inicio o meio e o fim, ver todos os acontecimentos, todos os espaços e todas as personagens que é o mais importante

Guião Técnico

O guião técnico tem como nome também o story board, pois este tem indicações que referem a câmara, iluminação, som, adereços, planificação, etc. Muitos elementos que o constituinte são p produtor, produtor executivo, realizador, assistente de realização, anotadora, director de fotografia, operador de câmara, assistente de câmara, chefe-maquinista, chefe-electricista, cenografista, etc. O guião técnico tem como base especificar os elementos gráficos do produto, que correspondem a uma maqueta ou visão geral, quem deve fazer esse trabalho é o realizador. Existem várias formas gráficas de planificar o trabalho, conforme o que a produção deseje. O guião técnico deve ser assim: titulo da obra, nome do realizador, numero de ordem das folhas, local da acção, numero de cena, interior ou exterior, noite ou dia, quais os planos e movimentos que a câmara faz, etc. Tudo isto tem grande utilidade, muito mais quando se está na fase de montagem, é quando nos permite identificar a imagem que nós pretendemos.

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